quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Chocolate...


Talvez não seja dos temas mais interessantes, mas tenho de dizer isto: não acho nada, nada bem (nem justo!!) que só por comer um bocadinho, um bocadinho simpático, de Milka nasçam logo aquelas coisas horrendas, vermelhas, nojentas e proeminentes na cara!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Pijamas...

Não consigo perceber como é que a maioria das pessoas gosta tanto de andar de pijama em casa, durante todo o dia, principalmente ao fim-de-semana. É confortável e tal e dá para ficar no sofá a ver filmes toda a tarde ou a dormitar ou estar a fazer outras coisas pachorrentas em casa. Mas a mim dá-me tal ronha, tal preguicite aguda que não apetece fazer nada de jeito e me faz ficar aborrecida. Depois, dá-me vontade de fazer qualquer coisa produtiva (que até pode ser ver filmes, como deve ser, toda a tarde) e o corpo não coopera. Por isso, nada como tomar banhinho e vestir qualquer coisa mais compostinha, que até pode ser bem confortável (quase tão confortável como um pijama, não sendo pijama), e ficar com outra energia.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ontem recebi uma carta! Não foi por e-mail ou sms, foi uma carta em papel real, escrita à mão como deve ser. Dá uma sensação muito diferente, engraçado. Foi bom! Não deviam cair tão em desuso...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Bahh..

Ontem lá fui eu toda contente ao shopping a seguir ao jantar. Depois de ter passado por algumas lojas, entrei no Jumbo. Até aqui nada de anormal. À saída do dito cujo, os sensores anti-roubo, ou lá que coisas são aquelas, tocaram! Bonito serviço! Claro está, ficam aqueles cuscos todos a olhar com cara de quem diz "roubaste alguma coisa fedelha!", enquanto o segurança se dirigia a mim. Pediu-me para tirar o casaco e a mala e voltar a passar pelos sensores e nada, passa só o casaco e nada, passa a mala e apitaram! Lá tirei a carteira e os telemóveis, continuaram a apitar. O que era afinal?! O Caim!! Já tinha comprado o livro há umas semanas e esqueceram-se de tirar um selo de segurança! Humpf, parolos! Só apetecia dizer "estão a ver? não roubei nada! cuscos de uma figa!".

domingo, 8 de novembro de 2009

Santa inocência

Há uns dias, em conversa, lembrei-me da santa inocência da personagem Sosquinha. Pois bem, grande parte das pessoas já acreditou no Pai Natal e que ele deixava as prendinhas junto da árvore e tal... vá, até aos quatro, cinco, seis, sete anos? Com a Sosquinha foi ligeiramente diferente. Deixando-me eu de rodeios, a Sosquinha acreditou que o Pai Natal deixava as prendinhas junto da árvore de Natal, na noite de 24 para 25 de Dezembro, até aos onze anos! É verdade! E por muito que os coleguinhas de turma dissessem que tal pessoa de barbas brancas não existia, a Sosquinha batia o pé e insistia naquilo que acreditava. Até porque tinha provas! A prova era um autógrafo do próprio numa folha que ela tinha deixado numa noite de Natal. Na altura achou engraçada a assinatura do Pai Natal porque a letra era miudinha, parecida com a do pai. Só achou estranho, num ano, ter pedido secretamente ao Pai Natal (já que os pais não achavam lá muita graça a ideia) um cãozinho bebé e ele nunca o ter dado.
Enfim, os anos passaram e quando tinha 11 anos, numa época qualquer do ano, a mãe lá se descaiu ao dizer que tal peça de roupa da irmã tinha sido comprada em tal sítio. A tal peça de roupa supostamente tinha sido dada pelo Pai Natal e foi assim que a Sosquinha se apercebeu da infeliz realidade! Santa inocência Sosquinha!
E, já agora, a Sosquinha nunca acreditou em cegonhas! Claro que não há cegonhas que vêm cá com bebés no bico! Ora essa! Como é que os bebés vão parar à barriga das mães?! Então, primeiro o casal casa e, só depois, se quiserem e pedirem muito, a Deus por exemplo, o bebé começa a nascer na barriga da mãe. Por isso mesmo, achava uma estupidez, quando via telenovelas, ver mulheres solteiras grávidas! Estranhamente, sempre que fazia esta observação em voz alta, nenhum dos presentes abria bico. Não é suposto as telenovelas representarem a realidade?
Ironicamente, hoje não acho piada a casamentos nem a "peditórios religiosos"...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Jet Set

No Domingo passado fui ao lançamento de um livro, cuja autora é muito conhecida pelo seu blogue, o qual costumo ir visitar frequentemente. Gostei de ter ido, de a conhecer pessoalmente e de relacionar a cara com o blogue... Mas, fiquei um tanto desiludida. Desiludida porque, pelo que leio dela, ela parece-me uma pessoa divertida e acessível, mas no Domingo não me pareceu assim tanto. Pareceu-me uma pessoa "jet set", tipo "não me toques que me desafinas", ou "eu sou alguém com alguma importância" e não tão acessível como julgava. Fiquei desapontada...
Apesar disso, fiquei encantada com o que lá se passou! Não é que o namorado faz um belo discurso, depois da apresentação do livro, ajoelha-se, abre a caixa de um anel e a pede em casamento?! Ela emocionou-se, aceitou e houve palmas! As lágrimas vieram-me aos olhos, achei lindo e não gosto nada de casamentos! Às vezes acontecem assim umas coisas...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

By Sérgio Valente ... finalmente!!

"Impeles-me a escrita num exercício quase inumano, nas palavras, um fragmento de mim que se liberta em comunhão com as frases, nelas a presença constante de um sentir só. Nunca soube escrever a razão, assim como não sei o sentir sem escrever, em cada gesto, numa grafia descuidada, o espelho que se fixa ao passado desconcertante e que desafia o futuro. As palavras são a assimétrica forma vigente do meu ser, o vislumbre de um paraíso fantasioso que se formou em mim.

Reescreveria todas as palavras de todas as histórias escritas debaixo da minha pele, onde a oxidação não destrói o tempo, o momento que se extingue no imediato despertar de uma aurora esquecida. De quantas formas se escreve o vazio? Procuro as palavras em vão, são elas que me encontram a mim… "

Sérgio Valente


Boa Valente! Finalmente algo teu!
Ele escreve que é uma maravilha! Espero pelo próximo!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro

O mundo roda e tudo muda sem parar
Mas uma coisa permanece igual
A qualidade e o preço baixo
O Pingo Doce
E o nosso amor por Portugal...

Venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro
O preço é sempre baixo
Na loja toda, o ano inteiro
Tudo aqui é bem melhor
Tem de tudo mais fresquinho
Tudo aqui tem mais sabor
Tudo é feito com carinho
E o preço é baixo o ano todo, na loja inteira
Alegre qualidade
A poupança verdadeira
Por ser no Pingo Doce toda a diferença faz
Aqui no Pingo Doce o seu dinheiro vale mais
Vale mais!

Venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro
O preço é sempre baixo
Na loja toda, o ano inteiro
(Bis)

Mais uma ideia criativa! Quem não gosta desta letra, da música, da voz que a canta...ahm?! Ah pois, tudo do mais fresquinho! Só falta, de facto, ir ao Pingo Doce e encontrar aqueles sorrisos todos de quem lá trabalha e que tanto aparecem no anúncio.
Oh jovens, escusavam de se incomodar tanto com a publicidade! A sério! É que não vai ser por uma música ridícula e esganiçada que vou passar a ir mais ao Pingo Doce.


Mas, vamos lá perceber melhor a coisa:
  • O anúncio foi realizado pela agência de publicidade brasileira Duda Propaganda;
  • O anúncio tem 1 minuto e 33 segundos;
  • O anúncio é emitido desde o dia 7 de Outubro;
  • Este anúncio é apenas o primeiro de 19 filmes publicitários;
  • No dia seguinte à primeira emissão do anúncio foi criado um grupo no facebook ("Gente que não grama o anúncio do Pingo Doce do Duda") com 650 membros no mesmo dia (actualmente com mais de 2.200 membros);

"Duda desvaloriza o ‘buzz' generalizado nos novos media, assinalando o facto de, "provavelmente, estar a ser mobilizada por um público mais jovem que nem sei se é consumidor do Pingo Doce. Quem gosta da campanha não fica falando na Internet que gostou, vai à loja e faz as compras", afirmou."

"A portaria em causa foi publicada ontem, para entrar em vigor hoje, e divulga uma lista de espécies consideradas perigosas, pelo seu porte ou por serem venenosas, que só podem ser detidas por parques zoológicos, empresas de produção animal autorizadas e centros de recuperação de espécies apreendidas sendo que os circos, assim como as lojas de animais não fazem parte da lista de excepções pelo que estas também não poderão vender cobras de grande porte ou venenosas, algumas aranhas ou lagartos."


Ok, a notícia já vem de ontem, mas não podia deixar de comentar. Claro, claro que o comentário só pode ser: clap clap clap!! Finalmente uma lei destas e que se lixe lá o Chen e o Cardinali! Se eles acham que os animais são a principal atracção do circo que façam espectáculos em condições, dando valor e melhorando outros aspectos! Dá-se sempre o exemplo do Cirque du Soleil, mas a verdade é que fazem verdadeiros espectáculos de circo, sem a necessidade ou dependência da performance dos animais! Ora aí está uma boa notícia! Sim Sr.!

domingo, 11 de outubro de 2009

Behind Sex Appeal

Physical attraction may be as old as time, but new studies are beginning to uncover the science behind sex appeal. Unexpected factors—like biochemical odors, face shape and voice pitch—just might have more to do with your choice of mate than anyone ever expected.Karl Grammer and Elizabeth Oberzaucher are leading the research on the human scent's influence on sexual attraction. They've found that when women are ovulating, they produce copulins, a scent that attracts men. The researchers believe when a man gets a whiff of copulins, his testosterone levels rise. As a result, he secretes androstenone, an odor that repels women who aren't ovulating.




Sex therapist Dr. Laura Berman says attraction has a lot more to do with science and evolution than people might think. "We are innately all puppies in heat," she says. "We are capable of discerning 10,000 different scents consciously. But then there's a whole realm of unconscious scents that we're not even aware that we're smelling." These odors let people know when a woman is fertile and when a man's testosterone levels are high, Dr. Berman says. As a result, individuals can tell when someone else is most ripe for reproduction. "It's all about survival of the species," she says.




One common complaint Dr. Berman hears among women with relationship problems is that they love their partner, but they're not in love with him. "There is a difference between love and chemistry," Dr. Berman says. "Take a really good whiff of him without cologne when he's relatively clean. If that smell turns you on, that's a really good cue of chemistry."In one recent study, Dr. Berman says researchers had women smell men's T-shirts. The women were most attracted to the shirts of men with a different major histocompatability complex (MHC) from them. MHC is a collection of genes that are related to immune systems. "We unconsciously want to mate with someone who has a different immune system than ours because that helps with the survival of our offspring," Dr. Berman says.




The T-shirt study also found that women taking hormonal contraception were attracted to men who had similar MHC as they did. "If you're on the pill, your body is being tricked into think you're pregnant, so you're not ovulating," Dr. Berman says. "The bad news there is that they have looked at these couples who have similar MHC, and not only do they have higher levels of infidelity and higher levels of marital discord, but they also have higher infertility issues." Another unexpected factor that has been found to directly affect attraction is voice pitch. Dr. Gordon Gallup, a professor at the State University of New York at Albany, says that women with higher estrogen levels have higher voices, which makes them more desirable to men. "When females are midcycle, when they're the most fertile, the most likely to conceive, their voices are rated as being significantly more attractive," he says.




It's hard to pinpoint what distinguishes a gorgeous face from an average one, but some researchers are getting pretty close. Psychologist Dr. Lisa DeBruine of the University of Aberdeen in Scotland says she's found that women's faces get more attractive to men when they are ovulating. "We're not entirely clear why there's this difference, but we think that the women might look healthier, have a bit of a healthier glow when they are ovulating." Symmetry is another factor that determines a face's attractiveness. Dr. Kendra Schmid, an assistant professor of biostatistics at the University of Nebraska Medical Center, says there is a formula for the "perfect" face. She uses 29 different measurements to determine someone's appeal on a scale of 1 to 10. To start, Dr. Schmid says the ratio of the length of the face to the width of the face should be 1.6, also known as the golden ratio. "The face should also be divided into three equal pieces vertically," she says. "The forehead, then [the bottom of the forehead to] the nose and then from the nose to the chin."




Who's face is the most "perfect," according to Dr. Schmid's measurements? No big surprise here! "Brad Pitt's is the highest that I've ever used the [formula] on," she says. "He was a 9.3 [out of 10]."Brad's partner, Angelina Jolie, didn't fare too badly either. "Angelina was a 7.67, and that's pretty high," Dr. Schmid says. "Most people rate about 4 to 6. … The thing that is probably lowering her score is the thing that she's most famous for—her full lips." Dr. Schmid says that ideally the width of a mouth should be twice the height of the lips. Other celebrities Dr. Schmid tested were Halle Berry, who scored a 7.36, and Hugh Jackman, a 6.45. "There's never been anyone who was a perfect 10," Dr. Schmid says. "If you're out there, we're looking for you!"




Not everything that goes into finding a partner is biological. Researchers have also found that if a woman looks at the face of a man whom she knows nothing about, she will give it a rating on a scale of 1 to 10 that's different than if she is shown the same face and a corresponding income. When a man makes a lot of money, a woman will rate him higher on an attractiveness scale than she would that same man with a smaller income. Dr. Berman says this isn't a case of women being gold diggers. "It goes back again to evolution. When we were having babies who were very dependent on us, we couldn't hunt and take care of ourselves, so we were looking for the man who had the most social status, who was the best hunter, who was going to bring home the biggest chunk of meat for our babies," she says. "It's the same thing today."




Smell, voice pitch and face symmetry might be unconscious detectors of attractiveness, but if you're trying to consciously assess the future of a relationship, Dr. Berman says there's one surefire way. "You really learn a lot from a kiss. … Sixty-six percent of women say they would dump a guy after a bad first kiss," she says. "It's not only because you're getting that good whiff of him so you're seeing if you like the way he smells. All your senses are engaged, and you get a sense of his sensuality, his connection, whether he's a take-charge kind of guy or more of a stepping back kind." When it comes to relationships, Dr. Berman says kissing frequency is a direct indicator of happiness. "It turns out that couples who kiss and cuddle regularly are eight times less likely to be stressed and depressed than couples who don't get that," she says. "You have to have a minimum of a 10-second kiss every day."
Estudo Discovery

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

By A Pipoca Mais Doce

"A semana passada, em conversa com duas amigas, perguntavam-me se eu estava feliz, afectivamente falando. Se me imaginava a casar e essas coisas. Respondi que sim. Sobretudo porque sabia que era impossível arranjar alguém melhor para mim. Acho que aquilo soou a pouco. A conformismo. A "deixa-me cá agarrar este, ou ainda fico para aí encalhada". E não é isso. Não é mesmo nada disso. A verdade é que sei que esta pessoa é a minha pessoa. E que não há, não pode haver, ninguém que tenha mais a ver comigo. Sei-o por experiência própria. Pelas muitas relações que me foram passando pelas mãos e que estavam sempre tão longe daquilo que eu achava que uma relação deveria ser. E eu fartei-me no tempo certo, antes de me habituar à ideia que as relações eram isso: um a investir (eu), o outro a pensar se era bem aquilo que queria. Durante muito tempo (anos!), achei que gostar muito de uma pessoa era sofrer horrores por ela, viver com o coração nas mãos, nunca saber como é que ia ser o dia seguinte, estar sempre à espera de receber o retorno de tanto investimento emocional. A ideia de uma pessoa bem resolvida, afectuosa, dedicada, tolerante, generosa, que desse atenção a detalhes ínfimos, que me conseguisse surpreender, que fosse cúmplice e me fizesse rir, não passava disso mesmo. Uma ideia com contornos ligeiramente utópicos (se calhar estou a ser injusta para algumas pessoas que despachei, mas se os despachei é porque não preenchiam todos os requisitos necessários). Foi por preferir estar sozinha a mal acompanhada que estive nove meses quieta quando a minha última relação chegou ao fim. De vez em quando surgiam uns candidatos ao lugar deixado livre, mas não estava para aí virada. Não queria mais gente complicada, difícil. Não queria meter-me em relações inconsequentes. Não queria perder mais tempo nem sanidade. Não queria arcar com o peso de uma relação às costas, em vez de ser feliz com ela. Não queria voltar a habituar-me a pouco. Por isso, e por ter perdido um bocadinho a fé, estava sozinha. E assim contava estar, por muitos e bons anos. E depois ele apareceu. Ou melhor, foi aparecendo. E eu desconfiei. Tanta simpatia, tanta generosidade, tantos gestos surpreendentes, só podiam ser coisa para a primeira semana de namoro. A segunda semana passou, a terceira, um mês, um ano. E as coisas não mudaram. Só mudou o que eu sinto, que tende a ser sempre mais e maior. Às vezes discutimos, às vezes temos crises, às vezes somos parvos. Mas a diferença, a grande diferença, é que agora sinto uma segurança e uma confiança que nunca senti. Sei que amanhã ele não vai acordar com uma crise existencial e pôr tudo em causa. Sei que depois de amanhã ele não vai duvidar se gosta ou não. Sei que para a semana não me vai dizer que precisa de tempo para pensar na vida dele. E ele sabe o mesmo. Não vivo na constante ansiedade de quem está sempre à prova, a tentar mostrar qualquer coisa. E esse conforto, essa sensação, é exactamente o que eu espero de uma relação. É uma relação adulta, porque já me falta a paciência para andar metida em grandes carnavais. E é por isso que sei que estou feliz, que esta é a minha pessoa e que não pode haver ninguém melhor para mim. Porque não pode.


Recebo muitos mails de pessoas que não andam de bem com a vida. Que não sabem muito bem como ser felizes. Que têm relações infelizes, que saíram de relações infelizes, que continuam a arrancar cabelos por relações infelizes que já lá vão. Não sei muito bem como ajudar, o que dizer, porque eu própria continuo bastante céptica em relação ao amor em geral. E custa-me julgar atitudes que eu também tive. E, sobretudo, sou péssima conselheira. Se o meu caso servir para não fazerem parvoíces, então plagiem-no à vontade. Não é grande ajuda, mas se der para amenizar a bola no estômago, mesmo que seja só por um bocadinho..."


By A Pipoca Mais Doce
Um dos melhores blogs...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Os portugueses são criativos!

Os portugueses são criativos! Ah pois são! Embora uns sejam mais do que outros, lá vão surpreendendo. Um bom exemplo dessa criatividade são os valentes nomes que os próprios dão aos seus estabelecimentos.

É certo que alguns não são tão criativos e, por isso, em cada terriola há sempre um tal chamado "Café Central". Já quase que é regra existir um "Café Central" onde quer que se vá e, combinado ou não entre os vários que existem, geralmente têm a sua pinta de tasca ou então maioritariamente frequentados por clientes a cima dos 60 anos.

Depois, há os egocêntricos que são aqueles que dão o seu próprio nome ao seu rico estabelecimento. Ora, são eles: "Café Maria", "Meireles", "Pastelaria Mélita", "Café Sampaio", "Cabeleireiros Amélia", restaurante "O Américo"e tantos, tantos outros.


E além de outros que vão atribuindo uns nomezitos, há os grandes criativos! E o grande que me levou a escrever este post chama-se... tcham tcham tcham tcham... "O Símbolo"! Quem é que alguma vez se lembraria de chamar "Símbolo" ao seu estabelecimento?! Grande criatividade! Agora, perguntam-me vocês: "Afinal, o que é? O que é que se faz lá?". Pois muito bem, "O Símbolo" tem em cima da porta de entrada, com letras garrafais pretas em fundo vermelho: "O Símbolo" e, por baixo, "Padaria e Restaurante". Não meus amigos, não é padaria e café, não é padaria e pastelaria. É "padaria e restaurante"! Tudo a ver, faz-se o pão e uma bela refeição! Devia dar-lhes esta dica para slogan.

Bem, e tenho a certeza que há muitos mais exemplos cheios de criatividade e, por isso, deixo-vos o desafio para escreverem aqui outros brilhantes nomes que tenham visto por aí!

sábado, 3 de outubro de 2009

Cá "estemos"

Ena, ena, ena! Há quanto tempo, eim?! Depois de umas feriazinhas, de uns dias infernais sem net, de dias depressivos "pré-volta-ao-trabalho" e mais uns quantos que não me lembro o que se passou, sosquinha de volta.

Ah, pois! E afinal aquela semana foi mesmo boa e dancei, dancei e dancei... e vi aquelas pessoas que afinal fazem mesmo aquelas saudades... e afinal ble! que nunca mais chega a tal semana do próximo ano! Mas enfim, cá estamos! Agora, de volta aos turnos enfadonhos de um hospital enfadonho e aos transportes públicos do costume! Ah, pois!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Lá "terei" de ir...

Amanhã lá estarei no mesmo sítio desde há cinco anos nesta altura. No mesmo sítio durante nove dias. No mesmo sítio que deixo todos os anos com grandes saudades. Este ano, estranhamente, não tenho vontade de ir. Parece que deixo algo para trás, parece que não é o momento, parece que não devia ir... Não sinto vontade de ir, não sinto vontade de encontrar pessoas, não sinto vontade de dançar! Não sinto! Não quero ir?! Sempre achei impossível alguma vez sentir-me assim em relação àquele sítio! Estarei doente? Hmm... amanhã... pronto, lá estarei. Pode ser que quando lá chegar sinta o oposto. Quem sabe... ?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Nunca pensei...

Sempre achei que andar de carro descapotável fosse pouco ou nada diferente de andar de carro "comum". No entanto, nunca tinha tido tal experiência, já que não tenho tal coisa e julgava eu que não conhecia ninguém que tivesse. Por outro lado, sempre achei ser exibicionista andar pela cidade de descapotável, como que ter descapotável significasse ter dinheiro e o mundo aos pés. Mas, esta perspectiva mudou por completo! Um dia destes, saí a noite e trouxeram-me a casa num Mini descapotável! Bem, nunca pensei que fosse tão diferente e tão agradável andar numa coisa destas! É que um Mini por si só já acho bonito, fofinho e confortável, mas descapotável é muito melhor! Fiquei encantada!


Quando for grande hei-de ter um!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Lembrei-me dos póneis

Ao ver os burros na feira medieval de Óbidos, lembrei-me dos póneis de há dois anos...

Há dois anos atrás, fui a uma daquelas festas tradicionais onde existem carrosséis, farturas, algodão doce, música pimba e muita parolice à mistura. Tal como esperado, havia carrosséis de todos os tipos, desde os mais calmos aos mais malucos, mas havia um que me revoltou desde o primeiro momento em que o vi. Era um carrossel de seis póneis reais que passavam o dia, segundo as informação que me deram na altura, amarrados ao carrossel das 10 horas da manhã às duas horas da manhã do dia seguinte a transportar crianças em círculos. Não consigo expressar a minha revolta quando vi tamanha injustiça. Primeiro, é injusto porque os pobres dos póneis não tinham escolha senão ficar ali aquelas horas todas à espera de "mercadoria"; segundo, porque estavam a ser francamente explorados; terceiro, porque não tinham condições nenhumas e quarto e quinto e por aí fora... é injusto e basta! Nessa noite tirei algumas fotografias ao carrossel, apesar de ainda não saber o que fazer com elas. Quando regressei a casa, passados uns dias, lembrei-me de telefonar a uma dessas associações que têm como objectivo defender os direitos dos animais, embora estivesse bastante céptica em relação aos resultados desta decisão. Atendeu-me um senhor bastante simpático que rapidamente percebeu a situação, já que não era a primeira pessoa que se revoltava com uma situação daquelas, e pediu-me para lhe enviar por e-mail as fotografias que tinha do tal carrossel. Bom, resultados: duas semanas depois de ter enviado as fotografias, soube que as pessoas responsáveis pelo carrossel tinham sido processadas. O carrossel continuou a funcionar, contudo com apenas dois a três póneis de cada vez para que os animais fossem descansando alternadamente.

Isto faz-me pensar que, apesar de pouco, algo foi feito e vale mesmo a pena fazer qualquer coisa. A associação que contactei referiu que, de facto, existem muito poucas leis em relação aos animais, mas o que é certo é que para as mudar é necessário que as pessoas dêem a conhecer a sua revolta com o que vão presenciando. A maioria de nós acha que não vale a pena, mas também não custa muito enviar um e-mail ou fazer uma curta chamada que até pode fazer bastante diferença. Referiram também, que estão preocupados com os burros das feiras medievais, pois nem sempre são tratados nas melhores condições nestas circunstâncias.

Enfim, no fundo, estejam atentos e participem!

Ora esfrega, esfrega, esfrega.... e é Omo por todo o lado!

Férias! Ora aí estão elas! Como todos dizemos, eu já estava a precisar de umas!
Lá ficou a USF para trás e já não deverão ler aqui mais histórias de lá...


Depois de um fim-de-semana emotivo em Óbidos, talvez demasiado emotivo para o meu gosto, chegou a semana suposta para descanso. Suposta! A sorte é tanta que a máquina de lavar roupa está avariada, ou seja, de duas hipóteses posso escolher uma: ou lavo a roupa à mão ou não lavo e fico sem roupa lavada. Sim, lavei a roupa à mão... calças, vestidos, cuecas, meias,... e doem-me as costas! Acho que não fui feita para isto, quero um hotel!



Vá, um bocadinho exagerado, mas..snif!!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Boa Sue!




E se há uma mente inspiradora em enfermagem, aqui está uma delas! Cada vez estou mais farta de uma profissão sem grande inovação ou critaividade. Mentes habituadas ao mesmo de sempre e sem grande entusiasmo para revolução e avanço. Mas, nem tudo é mau e os bons exemplos existem! Sue Johanson é um excelente exemplo disso!


Nasceu no Canadá e é enfermeira. Fundou o primeiro centro de planeamento familiar no Canadá e não parou mais desde então. Começou por algumas aulas sobre sexualidade até chegar às grandes Universidades dos Estados Unidos. A sua forma espontânea e divertida rapidamente captou a atenção do público em geral, sendo convidada para um programa de rádio (Sunday Night Sex Show) onde as dúvidas sobre sexo e relações amorosas eram colocadas pelos ouvintes e esclarecidas por Sue. Inicialmente, o programa tinha duração de uma hora e, mais tarde, passou a ter a duração de 2 horas. O programa começou a ficar cada vez mais famoso e, finalmente, chegou à televisão. O último episódio do programa foi assinalado a 11 de Maio de 2008, mas ainda corre nas televisões do nosso país e outros, actualmente designado por "Talk sex with Sue".


Sue fundou ainda a sua própria marca de brinquedos sexuais. Segundo a mesma, são brinquedos não muito diferentes aos que já existiam, mas, desta vez, de uma forma melhorada, mais eficaz e divertida, já que parece existirem muitas marcas que não conhecem verdadeiramente o corpo masculino e feminino.


Como se nao bastasse, escreveu livros como: Talk Sex, Sex Is Perfectly Natural but Not Naturally Perfect e Sex, Sex, and More Sex.


Não há dúvida de que a forma natural como fala destes assuntos, a sua espontaneidade, actualização constante de conhecimentos, frontalidade e modo divertido revolucionaram mentes e mentalidades!


Boa Sue!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Lá vai o pé

A quem mais? Não acontece, durante um abraço ou um beijo especiais, o pé querer sair do chão e "up", la vai ele para cima?!
Não compreendo o porquê de acontecer e não me parece que tenha a ver com a altura da outra pessoa. O que é certo é que mesmo que não queira que o pezinho levante, parece que falta ali qualquer coisa! E, pronto... Plim, pezinho! E é sempre o mesmo! Pezinho revelador...

Pelo menos fica engraçado esteticamente!

sábado, 27 de junho de 2009

Portugueses e desodorizantes

93% dos portugueses usam desodorizante!
De acordo com os resultados do estudo Target Group Index (TGI) da Marktest, 93% dos portugueses usam desodorizante.

De acordo com os dados Target Group Index (TGI) Portugal, Setembro 2008, 93% dos portugueses com idades entre os 15 e os 64 anos, residentes em Portugal Continental, afirmam ter usado desodorizante nos últimos 12 meses.
No que concerne à análise da variável sexo, os dados TGI revelam que 96% das mulheres e 90% dos homens usaram desodorizantes no período em análise.
Focalizando a análise na variável idade, verifica-se que independentemente do grupo etário, a penetração de desodorizantes é sempre superior a 90%, contudo é junto dos indivíduos com idades compreendidas entre 55 e os 64 anos, o uso deste tipo de produto é menor (91%).

Uma análise por região Marktest, revela que 95% dos indivíduos residentes na região da Grande Lisboa e no Litoral Centro afirmam ter usado desodorizantes nos últimos 12 meses. No Interior Norte é onde se regista uma menor utilização deste tipo de produto de higiene (90%) quando comparado com as restantes regiões.

Grande Lisboa - 95%

Grande Porto - 94%

Litoral Norte - 93%

Litoral Centro - 95%

Interior Norte - 90%

Sul - 93%


Os dados do TGI Portugal (Setembro de 2008) indicam ainda que, junto dos indivíduos que utilizaram desodorizantes, 79% usaram roll-on, 32% spray e 15% stick. As versões cremes e toalhitas foram referidas por 13% e 3% respectivamente.



Vá lá.. nada mau...mas e os restantes 7%? Será que os 93% usam desodorizantes realmente eficazes? Hmmm... Porque é que os homens usam menos que as mulheres? Hmm..cheiro a cavalo é à macho..? Hmm... faz-me recordar um senhor que foi lá à USF e que já tinha estado em África. Ele dizia que alguns desodorizantes atraiam os mosquitos e que quem não usasse nada, os mosquitos não eram tão atraídos. Ironicamente, ele próprio ja teve a sua experiência de Malária. Apesar disso, não deixou de dizer: "... por isso, e mesmo assim, prefiro cheirar a cavalo!". Escusado será dizer que... cheirava mesmo "a cavalo"!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Seguro na Insegurança

Hoje, lá na USF…

“Não, amanhã não marque por favor! Amanhã, a minha mais que tudo quer ir dar um passeio fora daqui, porque fazemos 43 anos de casados…”

Que bonito! Não é? 43 anos de casamento é uma vida, como se costuma dizer! Não, não pretendo discutir o prazo de validade do amor (se é que existe), ou se o amor vai mudando ao longo da vida, ou se é sempre igual… não! Isso está mais que batido, embora, penso eu, que conclusões generalizadas nunca poderão ser alcançadas, muito menos neste tema. Agora, o que a mim faz confusão é essa tal segurança na relação que o casamento tanto proporciona, ou tenta proporcionar.

Continuo a achar que qualquer que seja o relacionamento, ele nunca pode ser seguro. Nunca pode ser seguro pelo simples facto de perder toda a sua atracção, toda a sua adrenalina e incentivo. Ora, dar uma pessoa como garantida não só é possessivo, como não oferece entusiasmo à relação, deixando-a ir morrendo aos poucos até alguém acordar, arriscando-se a ser tarde demais. E, no fundo, se virmos bem, não custa nada ter esse empenho revitalizante que não deixa a fogueira apagar, podem ser palavras sinceras, podem ser pequenas acções que valem ouro, podem ser pequenas grandes surpresas, pode ser tanta coisa e não serem necessários grandes recursos, porque o sentimento e a intenção estão lá.

Vai tudo dar no mesmo: viver no aqui e no agora, porque o momento que se segue poderá nunca acontecer. Apesar disso, o presente é incerto e dá-nos comichão na cabeça, não é seguro. Mas, para ser seguro, mais valia ter uma relação com um morto e, nesse caso, julgo eu, não iria haver prazer nenhum. A incerteza, a hesitação, o tremer, quer queiramos quer não, fazem parte do estar vivo. Não será em todos os casos, mas existem por aí muitos maridos e esposas, ou mesmo namorados e namoradas, que vivem mais no passado que viveram e nos extractos de conta bancária que têm. Como se não bastasse, depois anda por aí a dita mulher sempre a dizer que o seu dito mais que tudo não a ama como antigamente. Caramba mulher, ainda estás viva!

Ora, a segurança nunca satisfaz, mas na insegurança há o medo de que a relação se possa perder, porque tal como um dia apareceu, como um estranho, desaparece um dia, de repente, e não há maneira de a agarrar, nem de a segurar. O amor não é de fiar. E o mais estranho é que o amor pressupõe confiança, mas não é de fiar. Naquele momento é total, mas o momento seguinte fica em aberto. Poderá crescer, mas poderá igualmente evaporar. Por outro lado, o amor não pode ser pedido. Se o amor for dado sem ser pedido, se for uma dádiva, então ele transcende. Se a confiança for pedida, ela escraviza. Mas se a confiança nascer de dentro, algo transcende. Pedidos ou encomendados, o amor e a confiança tornam-se falsos. Quando surgem por si mesmos, possuem um imenso valor intrínseco.

Por isso, amar é agora, porque ninguém sabe o que vai acontecer no momento seguinte, e é por isso que o amor não pode ser adiado nem por um instante. Até porque, se virmos bem, se vivermos totalmente neste momento, há grande probabilidade de, no momento seguinte, a outra pessoa ainda estar disponível.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Há hoje...

O tempo que não volta atrás é o tempo que lá ficou.

O que há parece o que ficou mas já não volta e permanece lá.

O que lá há atrás vem até cá, mas de lá não saiu e só cá vem uma amostra.

Parece continuação o que há, mas o que há já nao é o que lá havia.

Podiamos trazer de lá para cá, quero o que lá há, traz para cá.

Ao trazer para cá, junta ao que há e faz um "há" maior.

O que há não é bem o que havia, é o "há" diferente, pois o que hoje há continua a ser uma descoberta do que ontem havia.

Hoje não é ontem, amanha não é hoje, vamos ver hoje o que será amanha.

O que o amanha trouxer será melhor do que há e do que havia.

Há que viver o que há e o amanha trará a continuação.

Viver o que há e uma oportunidade...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

"Elogio ao Amor" por Miguel Esteves Cardoso

Não consigo deixar de publicar...

"Quero fazer o elogio do amor puro.
Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade.
Já ninguém quer viver um amor impossível.
Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática.
Porque dá jeito.
Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito.
Porque faz sentido.
Porque é mais barato, por causa da casa.
Por causa da cama.
Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão,fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo".
O amor passou a ser passível de ser combinado.
Os amantes tornaram-se sócios. Reunem-se, discutem problemas, tomam decisões.

(...)

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas,farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do"tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananoides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.
Já ninguém se apaixona?
Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, odesequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?

(...)

O amor é um estado de quem se sente.
O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade .É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.
O amor é uma coisa, a vida é outra.
A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.

Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito dificil, por muito desesperadamente.

O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber,amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.

A vida é uma coisa, o amor é outra.A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E vale-la tambem..."


Miguel Esteves Cardoso in "Expresso"

Do guarda-chuva ao coma

Hoje, na USF, chega um senhor para uma consulta e conta a sua história azarenta:

"Porque é que tenho o meu olho neste estado? Então, há uns tempos atrás, ía eu na rua, no passeio, e em sentido contrário ao meu, vinham três irmãs (freiras) com uma mala bem grande. O tempo não estava muito favorável e estava a chover, pelo que as irmãs levavam o guarda-chuva aberto. Quando ía a passar por elas, uma das ditas cujas espeta-me uma vara do guarda-chuva no olho, tropeço na grande mala e mergulho de cabeça no vidro de uma ourivesaria quebrando-o e, como se nao bastasse, para finalizar caiu para trás de cabeça no chão. A partir daí não me lembro de mais nada. Estive cinco dias em coma!"

É preciso ter azar!

domingo, 7 de junho de 2009

O medo da atracção

Todos nós gostamos de nos sentir atraentes e, desde o fazer muito ao fazer pouco, tentamos ser o mais belo possível. Queremos sentir-nos atraentes porque nos sentimos melhor, aumenta o nosso ego, queremos impressionar uma pessoa ou um grupo de pessoas, queremos que outra pessoa tenha orgulho em nós, ou até mesmo para conseguirmos um emprego, incluirmo-nos numa comunidade, etc. Tentamos que o melhor de nós venha ao de cima e o que não temos de tão belo seja disfarçado ou modificado ou escondido. Mas, quando se trata do sexo oposto e de alguém com quem podemos ter um relacionamento, ficamos, por vezes, com medo da beleza dessa pessoa. É que as pessoas atraentes podem ser bem assustadoras! O mais estranho é que olhamos para elas e queremos relacionarmo-nos, mas depois torna-se sufocante e parece que não era bem aquilo que desejávamos ou que tínhamos idealizado, porque no fundo está ali aquela pessoa que tanto nos atraiu e, no entanto, falta ali qualquer coisa. Por outro lado, se são atraentes estão mais propensas a interessarem-se por outras pessoas, assim como terão mais pessoas interessadas nelas. O problema é que, se elas são atraentes, agarramo-nos ainda mais a elas e nem sempre somos capazes de as deixarmos, mas ao mesmo tempo vamos deixando de sermos nós mesmos, como se fossemos, de certa forma, escravos delas. Ora, seria mais fácil sair de uma relação com alguém que considerássemos mais comum do que de uma relação com alguém extraordinariamente belo. Pelo contrário, se a outra pessoa é feia, podemos ser nós a possuí-la e essa pessoa vai esforçar-se muito mais na relação de forma a compensar o outro factor.

Talvez esta seja uma perspectiva um tanto fútil, embora não pouco frequente, já que outros factores se levantam, como o ajuste e a harmonia entre duas pessoas. O que é certo é que também não é pouco frequente as pessoas sentirem-se angustiadas quando estão sozinhas ou sentirem-se angustiadas se a outra pessoa com quem estão não se ajusta, de facto, a elas. O que penso, e não deve ser assim tão diferente da opinião de muitos, julgo eu, é que as pessoas feias também se ajustam a alguém e tornam-se belas para esse alguém, porque estão em jogo muitos outros factores e, claro está, há sempre algo de belo em cada um. No entanto, o processo é diferente porque é o amor que induz a beleza, e não o oposto. E, claro está, o importante é este mesmo ajuste, esta sensação de que “a cada homem há uma mulher que lhe corresponde e que a cada mulher há um homem que lhe corresponde”, tal como dizia George Gurdjieff.

Osho dizia assim:
“Se amar uma pessoa, ame essa pessoa. O que acontecerá amanhã não importa. Hoje é muito, este momento é uma eternidade. O que acontecerá amanhã, logo se verá… quando o amanhã chegar. E o amanhã nunca chega. O amor verdadeiro situa-se no presente.
Lembre-se sempre: qualquer coisa verdadeira tem de fazer parte do presente. Então não há problema! Não se coloca a questão da atracção e do medo.
O amor verdadeiro partilha; não serve para explorar o outro, não serve para possuir o outro. Os problemas surgem quando quer possuir o outro: talvez o outro o possua a si. (…) Se não quiser possuir o outro, então nunca sentirá medo de o outro poder vir a possuí-lo. O amor nunca possui.”

De qualquer forma, e tal como em todos os medos, eles devem ser enfrentados e destruídos, e só há uma forma de o fazer, é entrar neles. Por isso, é assustador mas há que entrar, deixar cair as defesas e permitir que deixe de ser assustador. Assim, mais vale relacionarmo-nos com as pessoas e aniquilar o medo. Até porque ninguém quer ser amenamente belo, certo?

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vá lá machos...

Na semana passada fui jantar a um restaurante daqueles finórios nos quais olhamos para a mesa e vemos uma colecção de copos, talheres a brilhar, pratos a condizer, guardanapos de pano, um ambiente requintado e uma decoração simples, moderna e de luxo. O serviço, como não podia deixar de ser, também era do melhor e de acordo com a mais alta etiqueta: copos mal cheios, bebidas e refeições apenas e só servidas pelos empregados, sobremesas em carrinho...

Olhei à minha volta, o restaurante estava semi cheio, semi vazio e frequentado por famílias, grupos de amigos e grupos de casais. Pergunto-me: onde estariam os casais românticos de hoje em dia? Sim, um restaurante tao agradável e já não se vêem aqueles jantares românticos a dois num bom restaurante. Aqueles jantares que tanto se vê nos filmes e que são tão fáceis de reproduzir na vida real! No fundo, é uma surpresa simples que pode começar com o envio de uma mensagem do macho para a fêmea: "veste o vestido preto, aquele vestido preto... arranja-te e não faças perguntas! ;)". Digo vestido preto porque é o classico, é "o" vestido preto, aquele que todas as fêmeas se sentem bem femininas e que o guardam carinhosamente no armário à espera de uma oportunidade para o usarem. Claro está, depois do jantar pode sempre haver um passeio agradável e, quem sabe, algo mais...

Por isso, vá lá machos! Não se acanhem e levem as vossas fêmeas a jantar num bom restaurante. Eu sei, eu sei que a vida está difícil e que seria mais fácil um jantar aconchegante e calmo em casa preparado com carinho, o que, sem dúvida alguma, é uma excelente hipótese, mas vão poupando aos pouquinhos, sempre é um programa diferente. As vossas fêmeas vão ficar felizes e se elas ficam felizes também vocês têm festa em casa!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

"Insulto ao amor" by O Arrumadinho

"O amor é o maior filho da puta à face da terra. É um falso, um embuste, um sacana da pior espécie. É o escroque que se embrenha em nós, que nos consome, que nos corrói, que se cola como uma lapa e que depois, quando nos queremos ver livre dele, recusa-se a ir. E não nos larga o coração e suga-nos até à alma.
O amor é tudo o que não se quer. Porque não dura sempre – e nós sabemos que ele não dura sempre e teimamos em idolatrá-lo. Enquanto dura, enquanto existe no ar, enquanto alimenta uma vida, finge-se de herói, de salvador, de deus da alegria. Mas anda a enganar-nos a todos. O amor é um Judas, um Robert Ford, é o vira-casacas que nos entrega aos bandidos, que nos espeta uma faca nas costas. É o cínico que se faz de amigo, de gajo porreiro, para que quando viremos costas nos atirar para a valeta.
Miguel Esteves Cardoso fez um dia o elogio ao amor. Ah! Ah! Só dá para rir. Elogiar o quê? O amor puro só serve para vender bilhetes de cinema, porque não há amor puro, porque se houvesse o amor puro venceria tudo, aguentaria embates com a força de um camião TIR, derrubaria fortalezas, esmagaria exércitos, mas não, o amor puro só faz isso no cinema, porque é nas telas e nos guiões que ele existe. Diz o Miguel que o amor é uma coisa e a vida é outra. Nisso tem razão. A vida é o que é, é o que nós fazemos dela, o amor não, o amor é um traste que quando se quer ir embora vai e não liga puto a quem o tratou bem, a quem acreditou nele, a quem lutou por ele – falso, Judas, cabrão de merda.
O amor é uma praga que se espalha e se impregna nos corações dos fracos, porque ele sabe que todos somos fracos e que todos queremos encher o coração com alguma coisa. Geralmente é com o amor, que chega de pantufas, pé ante pé, mergulha no quentinho do coração e tapa-se até às orelhas. E ali fica, como se fosse a coisa mais querida do mundo. Só que ele não dorme. Ele finge que dorme, porque - não sei se já disse - o amor é um falso, um paneleiro sem vergonha, que só nos quer conquistar para mostrar que é forte, que move marés, faz o sol brilhar e gera tempestades. E é isso que ele faz. Mostra-nos o sol, para logo de seguida nos espetar com um trovão nos cornos, que nos frita os miolos e nos manda desta para melhor.
O mundo está cheio de gente enganada, de gente infectada por esta doença mascarada de coisa fofinha, esta coisa que diz chamar-se amor. A esses, aos enganados, aos pobres coitados que pensam que ganharam o Euromilhões porque têm o coração cheio, só deixo um recado: não perdem pela demora. O amor só está à espera do melhor momento para vos fulminar. É no momento em que virarem costas, é no momento em que se mostrarem frágeis, é no momento em que derem o flanco, é aí, meus caros, que estão fodidos.
Porque noutra coisa o Miguel Esteves Cardoso tinha razão: o Amor é fodido."
by O Arrumadinho
Está, talvez, um pouco agressivo, mas é o que pensamos (penso) de vez em quando. Embora, por muitas vezes que pense assim, não consigo deixar de acreditar naquele tal amor puro dos cinemas "que vence tudo, que aguenta embates com a força de um camião TIR, derruba fortalezas, esmaga exércitos". Não, um amor assim não pode vir só de telas e guiões. Por muito que seja verdade, eu não posso acreditar nisso.
Ai vida! Não me dês essa facada!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Dá para compreender?!

Hoje, lá na USF, aparece uma família para consulta de saúde infantil. É uma família com mais do que um filho, o último de 8 meses, que vive de rendimentos mínimos e recorreram à USF para a vacinação deste último filho. Para já, nada de anormal, até ouvir a mãe do bebé: "Já estava na hora doutro filho... sabe como é... o subsídio..". É aqui que o queixo me descai um pouco, até descair por completo quando soube que este mesmo casal se lembrou de adicionar açucar ao leite em pó que o bebé ingeria. Segundo o pai, o bebé não bebia o leite todo há cerca de 3 dias e, por isso, lembrou-se de adicionar açucar, "só um bocadinho mesmo", já que assim "podia ser que ele bebesse". Pois bem, tanto deve ter bebido e tao "pouco" deve ter sido o açucar adicionado, que o bebé entrou em estado coma e teve de ser internado. O bebé entretanto já foi para casa, mas pelo que sei, os pais têm agora um processo social. Dá para compreender?!


As consultas de planeamento familiar são sempre famosas pelas suas variadas histórias. Ora aparece uma senhora que se lembra de tomar todos os comprimidos da pílula num só dia, ora aparecem senhores cuja potencia é tal que, segundo eles, devido a isso gastam muitos preservativos, ou ainda senhoras que se esquecem dos tampões na vagina porque os colocaram apenas por estarem com muito corrimento e, depois de terem relações sexuais, se lembram que, se calhar, têm um tampão lá metido devido ao mau cheiro que começaram a sentir. Ora vamos lá minha cara senhora, abra as pernas e cá vamos nós em busca do fedorento rato perdido lá pelo meio da rata!
Hoje ouvi mais uma história que nao podia deixar de contar. Então, esta é a história de uma ucraniana que recorria ao centro de saúde, não só, mas também, para ir buscar a pílula e, claro está, evitar uma gravidez indesejada. Até aqui nada de anormal. Nada de anormal até esta senhora deixar de aparecer para ir buscar a tal pílula, pelo que foi questionada pelo respectivo médico. Pois bem, a explicação é simples! A senhora, para ir buscar a pílula, precisava de faltar ao trabalho, ou seja, lá ía o ordenado daquele dia. Bom, fazendo contas, o aborto na Ucrania é cerca de 30 euros... logo... "para quê tomar a pílula se posso ir à Ucrania fazer um aborto por 30 euros e poupo o meu ordenado, eim?" Eu não sou contra o aborto, mas... dá para compreender?!

A Sosquinha...

A Sosquinha, com cinco anos, fechava a avó no galinheiro. Não é que fosse por maldade, mas fazia-o por pura traquinice...

A Sosquinha gostava muito de pensar e observar tudo à sua volta. Não que agora não goste, mas às vezes prefere não pensar...

A Sosquinha vivia num mundo de contrastes. Não que não haja contrastes agora, mas estão mais em equilíbrio...

A Sosquinha vivia num mundo de fantasia. Não que agora não viva nele, mas ilude-se um bocadinho menos...

A Sosquinha vivia no mundo do romance, do sonho e do devaneio... este mundo nunca deixou...

é um bocadinho da Sosquinha...